Há investimentos que são extremamente prioritários no âmbito da saúde na RAM. O da construção do Novo Hospital é o primeiro deles. O BE entende que os remendos que se vão fazer no Hospital Central do Funchal não vão resolver o problema e a médio prazo teremos que retomar a ideia de construção do Novo Hospital. Por outro lado, não é possível continuarmos a ter um Centro de Saúde em Porto Santo que, apesar de melhor preparado, não responde de uma forma adequada a diversas necessidades da população da outra Ilha, sobretudo nos casos mais graves, sendo frequente a transferência de doentes, por via aérea, para o Hospital do Funchal. A construção de um Mini-Hospital na Ilha dourada deve ser uma prioridade a médio e a longo prazo.
Noutro âmbito, há que promover alterações substantivas no que diz respeito às políticas do Governo Regional em relação a esta matéria: há que criar mecanismos de resposta aos toxicodependentes em tratamento pois os que existem não são suficientes. Não é admissível que os doentes, após duas semanas de internamento no Centro de Saúde de Santiago sejam colocados na rua, muitas vezes sem apoio na comunidade e na família e sem ter onde ficar. Falta uma instituição onde estes doentes sejam acompanhados de forma mais permanente e onde possam ficar, em regime de semi-internato, numa fase de “convalescença”. Entra aqui a necessidade de construir uma comunidade terapêutica ou outra instituição similar que preste outro tipo de apoios a estes doentes.
PROPOSTAS:
- Assumir como prioridade absoluta a construção de um novo Hospital, aproveitando o facto de um dos parceiros da coligação governamental nacional – o CDS – estar de acordo com o novo Hospital e, por essa via, conseguir financiamento para esse projecto.
- Assumir, a médio prazo, a necessidade de construir um Mini-Hospital na Ilha de Porto Santo no sentido de melhor responder às necessidades da população local.
- Garantir a colocação nos Centros de Saúde da Região – no mínimo os das sedes de Concelho – médicos dentistas no sentido de melhorar a prestação de cuidados de saúde oral.
- Criação de Equipas de Saúde Mental Comunitárias como forma de contribuir decisivamente para o processo de autonomia da pessoa com doença mental e para a sua integração na comunidade, dando respostas às suas necessidades de reabilitação, trabalhando na perspectiva de prevenir recaídas e diminuir os internamentos e implementando estratégias de prevenção da depressão e do próprio suicídio.
- Construção de uma Comunidade Terapêutica, ou de uma instituição similar, que se constitua como uma unidade de saúde especializada na prestação de cuidados a toxicodependentes, que necessitam de internamento prolongado, com o objectivo de promover o seu tratamento e ressociabilização.
- Criação de um projecto-piloto de prevenção de riscos e de redução de danos que deverá incluir medidas que visam evitar, minimizar ou eliminar a infecção, ou re-infecção, por doenças infecto-contagiosas de toxicodependentes, ou de quem com esta população contacte, assim como os consumos de substâncias estupefacientes em doses que provoquem perigo de vida e ainda os danos, ou os riscos, causados pelo consumo de drogas, em todas as situações, mesmo nos casos em que o consumo se mantém.
7. Criação, no âmbito do Serviço Regional de Saúde, de um Centro de Alcoologia que tenha como missão principal desenvolver metodologias de abordagem à prevenção, ao tratamento e à reabilitação, em particular na vertente da dependência do e da compulsão pelo consumo de bebidas com teor alcoólico.
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